Uma associação recém-criada reúne os “boinas azuis”
mato-grossenses
Alecy Alves | Polícia Militar
Nesta quarta-feira (10/08), o comandante-geral da Polícia
Militar, coronel Gley Alves de Almeida Castro, recebeu no Quartel do Comando
Geral os expedicionários de 1964 da ONU (Organizações das Nações Unidades) na
“Faixa de Gaza” entre Israel e o Egito, Gilson Hugo de Oliveira, 73, e Newton
Gonçalves Ferreira, 72, na época, integrantes das Forças de Paz.
Gilson e Newton permaneceram no front dessa região do
Oriente Médio por um ano e dois meses como membros do Batalhão Suez. Os dois
vieram informar ao comandante, como estão fazendo em outras instituições, que
em todo o país os “Boinas Azuis” estão organizados na Associação Brasileira das
Forças Internacionais de Paz (ABFIP-ONU).
No Brasil, a ABFIP é presidida pelo expedicionário Walter
Mello de Vargas. Já a regional mato-grossense da entidade tem os soldados
Gilson e Newton como diretor e secretário-geral, respectivamente.
O coronel Alves agradeceu a visita e destacou a importância
da participação de ambos na missão de paz. “Os serviços prestados pelos
senhores estão registrados na história do Brasil como exemplo de patriotismo.
Temos que valorizar os que serviram pensando não apenas no Brasil, mas na
humanidade”, completou.
HISTÓRIA
Jovens soldados brasileiros com idade média de 20 anos
seguiram para o Egito com a responsabilidade de ajudar a restabelecer a paz em
uma região que estava em conflito contra a nacionalização do Canal de Suez pelo
governo egípcio.
Por 10 anos, de 1957 a 1967, os integrantes da missão
enfrentaram o calor escaldante do deserto, tempestades de areia e minas
terrestres no patrulhando em área de fronteira. O Brasil serviu com pouco mais
de 6 mil homens durante o período do conflito, juntamente com forças militares
de outros 10 países. Os integrantes do Batalhão Suez, brasileiros e militares
de outros 10 países, ganharam o Prêmio Nobel da Paz em 1988, ao lado das Forças
de Paz da ONU.
Fonte:http://www.mt.gov.br/-/4717567-comandante-recebe-expedicionarios-cuiabanos-que-serviram-no-oriente-medio